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domingo, 24 de março de 2013

Zenaldo Coutinho quer enganar os Camelôs do Centro.


 O Prefeito de Belém vem apresentando atitudes semelhantes ao comportamento do seu antecessor DUDU. Quem, ainda, lembra-se do processo de retirada dos Camelôs da Avenida Presidente Vargas em 2008? Naquela ocasião, o celebre prefeito DUDU vestiu-se da legitimidade por mandato do discurso político apresentado por  Patrick Charaudeau (2008), além de retirar o local de trabalho de inúmero pais e mães, os quais sustentavam suas famílias graças ao comércio informal na Presidente Vargas. neste sentido Charaudeau afirma: 

A legitimidade por mandato tem origem na tomada do poder pelo povo, que se opõe à soberania de direito divino. Segundo esta legitimidade, o poder de mando é do povo, no entanto, como não é possível que todos os cidadãos de uma cidade possam exercer tal poder. Essa legitimidade transforma-se em legitimidade representativa, caracterizando um poder por meio da delegação de uma maioria simples. Os “mandatários” ou “mandatados” assumem um cargo o qual os obriga a serem pessoas responsáveis por seus atos perante aqueles que o elegeram (o povo). Vale lembrar, que o revestimento de tal poder público é em caráter de procuração outorgado pelo povo, que constantemente deve ser questionado e renovado.
 Assim teremos a comprovação das várias máscaras que um sujeito assume no ato de fala, seja ele político ou não. Bem o que quero marca neste texto são as inúmeras alternativas apresentadas pelo poder público naquela ocasião de embate "ideológico" entre a PMB e os Camelôs em uma dada conjuntura social em 2008. A Prefeitura Municipal de Belém – PMB apresentava como propostas:
1. O espaço Palmeira;
2. Um terreno do BASA;
3. O antigo prédio do INSS na avenida Presidente Vargas;
4. Linha de crédito no Fundo – Ver – O - Sol;
5. Vagas de emprego que DUDU havia pedido a seus “amigos lojistas”;
6. A criação de um TAC – Termo de Ajuste de Conduta entre as partes (PMB e Camelôs);
7. Vagas nas feiras dos bairros onde moravam os camelôs.
Quantas dessas propostas e alternativas foram de fato executadas em favorecimento aos trabalhadores informais? Alguém sabe? Pois é!            
A primeira referente ao espaço Palmeira foi executada aos trancos e barrancos pela Secon. O espaço comporta um universo de 380 trabalhadores, mas apenas 20 ocupam os boxes. Isso ocorre em razão do não cumprimento da promessa feita pela PMB ao movimento dos Camelôs. Promessa a qual passava pela disponibilização de serviços públicos e privados a chamar o mercado consumido. Promessa que nunca foi honrada pela PMB! Outra entre tantas promessas fantasiosas do poder público tratava da falta de infra-estrutura adequada: a laje que comporta os equipamentos apresenta rachaduras e infiltração, os equipamentos são de ferro, por isso absorvem muito calor por não terem outra cobertura.
No caso da segunda proposta o terreno do BASA nunca foi terminado apenas foi feito um calçamento sem coberta e banheiros. Os trabalhadores que ali ainda persistem em continuar lá, sobrem aos fenômenos naturais de sol e chuva. O maior absurdo de todos é o antigo prédio do INSS que é a terceira proposta nunca saiu do papel, apesar de ter sido desapropriado com o recurso público Municipal. Recurso esse suficiente para equipar os espaços Palmeira e terreno do BASA. 
As inverdades de Dudu não param por aí nem num trabalhador recebeu proposta de emprego no mercado formal (de carteira assinada), a linha de crédito relatado pela PMB possuía tanta burocracia que pouquíssimos fizeram uso. A PMB por meio da SECON se negou em assinar o TAC feito pelo Ministério Público Estadual. As vagas de feiras nos bairros também eram apenas “para inglês ver”.
Nesta mesma linha vem Zenaldo Coutinho resgatando o governo de Hélio Gueirros (1993-1996) quando este como prefeito chegou a indenizar algum camelôs que trabalhavam na avenida Portugal naquela época. Camelôs que não trabalham mais hoje lá!       
O Prefeito vai querer retirar todos os camelôs sob a justificativa de indenização? esperava mais de Zenadudu para querer enganar os CAmelôs! 

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