Meu nome é Rubens Anderson Alves da Silva, 28 anos, militante do PT desde os 12 anos, filho de mãe Camelô e pai Feirante, nascido em Belém e criado no Ver-o-Peso, trabalho desde os 6 ano. Já lavei muito prato, cuia e copo na rua.
Na escola tive há oportunidade ser mais um, porém não quis e muito cedo comecei a organizar grupos: sala de aula como chefe de turma, como conselheiro escolar aos 15 anos, no sindicato os 17 e hoje Conselheiro Universitário – UFPA.
Não são os títulos que me enchem de orgulho, mas sim a dignidade de andar na rua de cabeça erguida, sem se taxado de pelego ou ladrão, exatamente por isso que jamais aceitei cargo público para não perder a identidade com o povo, ou você é vidraça, ou, você é estilingue.
Muitos militantes olham-me com desdém por acharem que sou louco, outros pelo fato de eu ser camelô e aqueles que me odeiam por ser da família PT Pra Valer.
Será que sou o único a ser louco desse partido? Na política? Bem, não posso falar por ninguém, mas sou apaixonado pelo meu partido! Sou alguém que aprendeu no PT que quando se tem um sonho, não há limites, muito mesmo barreiras capazes de impedir alguém de alcançar seu objetivo. O sonho é meu alimento da alma e o PT é o sangue que pulsa nas veias, artérias e no meu coração.
Por que as pessoas não tentam se colocar no lugar das outras? No dicionário linguístico existe um postulado denominado empático, o qual fala que uma pessoa é capaz de sentir e pensar o que a outra esta pensando antes mesmo de essa terminar seu enunciado. Então, assim faço na atuação política! Faço nas campanhas de rua, na universidade, na minha casa e com vocês do meu partido.
As vezes acho que sou louco! Não pelo meu comportamento no PT, nas plenárias, mas pelas atitudes de entregar minha vida e meu dinheiro a construção partidária. Quantos dos militantes petistas dariam todo seu salário para a base quando se juga importante para o partido? Quantos pagam as filiações da sua turma no PED? Quantos se sacrificam, hoje, pela organização de células, no bairro, na escola, no seu trabalho, São poucos! Porém não sou o único. Já vi militante empenhorar seu carro, sua casa para construir o PT.
Em contra partida existem os que são apenas profissionais: os que passeiam com seu cachorrinho na mão pela praça Batista Campos, os que se embebedam nos boêmios da vida na saída da secretária e aqueles que esperaram a derrota do nosso governo para compar casas de festa e apartamentos de luxo avista de R$ 700 mil reais.
Os normais deste partido, então divididos em dois grupos?
1. Aqueles que transformaram a luta social em meio de sobrevivência finaceira;
2. Aqueles que têm medo ou são silenciados de fala (como o Patrick).
Parece que teremos um novo grupo, aquelas... pessoas que se dizem vítimas da empresa governo do estado, mas quando pertenciam ao comando atropelava os seus pares, não é Guedes? Não é Edilza?
Alguém lembra do último PED? Ouvir um amigo gritar do meu lado que não votava em determinado(a) candidato(a) “nem f...do e depois presenciei este ser silenciado com misero trocado. Não tomei mingau sem leite e sofri como cavalo de estância vendendo sobrinha para entregar a dignidade por valor monetário.
Então, sou petista e sou louco, mas sou um louco abençoado por Senhor Deus que me deu sabedoria para discernir do grupo dos que obedecem, por terem juízo. Para o grupo dos revoltados como Gedeão que enfrentou o anjo de Deus para questionar a benevolência de Deus.
Porque eu não posso questionar a direção do PT? 
